Cidade justa e o cinco conceitos de justiça
Céfalo diz que justiça é devolver aquilo que se tomou. Sócrates o confronta com o argumento de quê, na hipótese de ter-se recebido armas de um amigo em perfeito juízo e depois, este, exasperado as quisesse de volta, seria injusto devolvê-las pois poderia causar perigo às outras pessoas.
Cita-se para conceituar justiça o mito de Giges, escrito por Platão. Este mito conta a história de um pastor do antigo reino da Lídia, que encontra um anel, este, sempre que era invertido para dentro da mão, tornava Giges invisível para todos. Usando de seus novos poderes, foi à corte, seduziu a rainha, assassinou o rei e tomou o trono, iniciando uma longa dinastia. Platão usou o mito para questionar se os bons são bons por escolha própria ou simplesmente porque temem ser descobertos e punidos.
Trasímaco afirma que justiça não é outra coisa senão o interesse do mais forte. Sócrates responde fazendo um paralelo entre medicina e justiça que o governante ou o médico deve prescrever o que é vantajoso para o povo, seus súditos, ou o pacientes, ou seja, os mais fracos. Sendo assim, tanto a justiça quanto as leis, são determinadas visando as necessidades do mais fracos.
Polemarco afirma que justiça consistiria em fazer bem aos amigos e mal aos inimigos. Sócrates posiciona-se contra Polemarco dizendo que fazer o mal não é uma ação de um homem justo, mesmo se for para se defender de um individuo injusto.
E por fim, Platão, sobre o pressuposto da “Cidade justa”, conceitua justiça como: a virtude que consiste em que cada individuo exerça a função para a qual sua natureza for mais