Guerra justa
O estudo do tema guerra justa é de grande importância para sabermos quais os limites entre os Estados devem ser respeitados e o que é considerado um ultraje. Porém existem vários critérios e justificativas para se criar uma guerra considerada justa e esse conceito de “justo” deve ser trabalhado e explicado muito bem. A palavra guerra tem como definição no dicionário da Língua Portuguesa: “Luta armada entre nações ou partidos; conflito”. Já a palavra justiça tem por definição “A faculdade de julgar segundo o direito e melhor consciência”. O doutrina da guerra justa tem como base fontes que variam do direito greco-romano a conceitos religiosos, que procuram conceituar em quais critérios uma guerra é realizada (Just in bello) e justificada (Just ad bello) de modo reto; tendo como base três princípios para servir de parâmetro em situações de conflitos emergentes: 1. Tirar a vida humana e um erro grave; 2. Os Estados têm dever de defender os seus cidadãos e a justiça; 3. Proteger a vida humana inocente e defender importantes valores morais às vezes exige uso da força e violência.
Vários filósofos já buscaram construir uma ‘ética da guerra’ para diferenciar os conflitos justos dos injustos.O primeiro a fazer essa reflexão foi Santo Agostinho(2000, pág.161) que estabeleceu essas cinco condições para uma guerra justa:
“ 1. A intenção deverá ser sempre a de restabelecer a paz; 2. O objetivo deverá ser sempre a de restabelecer a justiça; 3. A guerra deve ser acompanhada de uma disposição interior de amor cristão entre as partes; 4. A guerra só deve ser empreendida sob a autoridade de um soberano legítimo; 5. A conduta da guerra deve ser justa.”
Tomás de Aquino no livro “Suma Teológica” também trabalha com esse conceito e define três condições em que uma guerra justa deve ser feita por uma causa justa, que a guerra persiga a paz e a autoridade do Príncipe se faça na guerra. Cícero, filosofo, no