Republica
A República
Platão
Vida
Platão é um dos maiores filósofos gregos, caracterizando-se, sobretudo, como o discípulo mais exponente de Sócrates[1]. Ele morreu em Atenas, no ano de 347 a.C.[2] Fazia parte de uma família[3] nobre da sua cidade natal e, aos 20 anos, conheceu seu mestre Sócrates, tornando-se seu discípulo, com o objetivo de se preparar melhor para a vida política. com quem conviveu até os 29 anos, quando Sócrates foi condenado à morte por envenenamento.
Foi um homem que viajou muito, conhecendo várias civilizações. Fez um giro pelo mundo para se instruir (390-388), visitou o Egito, a Itália meridional e a Sicília. Foi o fundador da sua própria escola[4], instalada próxima a Atenas, no ano de 387 a.C., onde ensinava filosofia, matemática e ginástica. Seu primeiro trabalho filosófico foi o discurso de defesa de Sócrates, afirmando o que o mesmo havia falado ao júri que havia lhe condenado, acompanhou de perto o processo de seu mestre, e o relata na Apologia de Sócrates.. A partir desse momento, ele não mais parou de escrever inúmeras obras que divulgavam as suas idéias e reflexões filosóficas, utilizando diálogos que envolviam Sócrates e outras pessoas que faziam parte do seu cotidiano. Depois que Atenas, a mais iluminada das cidades-estado gregas, condenou “o mais sábio e o mais justo dos homens” – como falou –, lhe deixou marcas profundas que determinariam as linhas mestras de toda a sua atividade de filósofo.
A atividade literária de Platão abrange mais de cinqüenta anos de sua vida: desde a morte de Sócrates, até a sua morte. Dedicou-se inteiramente à especulação metafísica, ao ensino filosófico e à redação de suas obras. Ele é o primeiro filósofo antigo de quem possuímos as
obras completas. Escreveu 35 diálogos, 28 considerados autênticos. A forma de escrita platônica é o diálogo, que consiste numa transição espontânea entre o ensinamento oral e fragmentário de