A república - platão
Numa análise profunda da obra A República (Politéia) de Platão, vemos uma forma sistematizada de filosofia, onde, Platão aborda de forma mais contundente todas as vertentes teóricas para explicar como seria uma sociedade justa, como deveria ser os governantes, os juízes, qual compensa mais a justiça ou a injustiça e qual seria a função de cada grupo na sociedade.
Platão em sua convicção de República rezava que o poder público não deveria ser entregue a mão de um eleito, mesmo que eleito pelo povo não comprovava sua capacidade e competência, não o condicionava como preparado para a função a ser ocupada. Pregava que o poder deveria ser dominado por quem tivesse tempo a se dedicar aos desígnos teóricos e filosóficos, ou seja, a mais pura racionalidade, e que os cidadãos capazes de dominar não poderiam se ocupar com sobreviver, pois impediria a dedicação da contemplação teórica necessária à práxis política. Platão inicia a República com a pergunta, "como seria uma sociedade justa?” Mas eles acreditavam que justo era aquilo que estava legislado não vendo, porém que isso nada mais era que a vontade soberana de um só. Platão acreditava que primeiro se deveria retirar as crianças da criação de suas mães, pois, as mesmas ensinavam segundo os critérios da sociedade e segundo a cultura grega que buscava incessantemente por mais que tivesse em si o que era do outro.
Os sofistas, grandes argumentadores da épocas (hoje representados na figura dos advogados) que focam apenas nos argumentos a fim de convencer daquilo que lhes cabia ou lhes era designados (nossa futura profissão em teses é a de sermos verdadeiros sofistas) não se preocupando com a busca da verdade e da razão. Em resumo para Platão o mais indicado é o filósofo, onde requereria dele resignação uma preparação árdua e sabedoria. "Enquanto os filósofos deste mundo não tiverem o espírito e o poder da filosofia, a sabedoria e a liderança não se encontrarão no mesmo homem, e as cidades sofrerão os