A república de platão
Ponta Grossa
2013
Introdução
A obra “A República” de Platão consiste no desenvolvimento de um diálogo a partir do qual é elaborado um Estado ideal de acordo com o que, em seu decorrer, se pensou sobre o que é justo e bom.
Para a criação e manutenção desse Estado, em primeiro lugar cada pessoa seria incumbida da atividade, e apenas dessa, que lhe fosse adequada por natureza, ou que tivesse nascido para fazer. De acordo com essas atividades, o Estado seria dividido em três classes: a dos trabalhadores, a dos guerreiros e a dos chefes.
Livro VII
Quem nunca construiu em sua mente uma sociedade perfeita, infalível em funcionamento e estrutura? Todos os que querem mais de si mesmo e do mundo devem ter se rendido à idealização, e Platão faz o mesmo em sua República.
Ele idealiza uma sociedade perfeita e harmônica. Para isso lança mão da alegoria da caverna, que mostra um par de diferenças muito ligadas com a natureza da alma do ser humano: é o par essência e aparência, representadas, respectivamente, pelo mundo compreensível e pelo mundo sensível.
Platão utiliza para desenvolver a dicotomia aparência/ideias, dois mecanismos bastante peculiares e acessórios ao desenvolvimento retórico-filosófico, a saber: a lógica e a fantasia, cuja conceituação se dará a seguir. A lógica é, segundo Platão, o único meio de levar o filósofo até o Bem, já que consiste em estender os limites lógicos das reflexões filosófico-ideológicas. Este "estender" implica submeter o próprio pensamento às opiniões e/ou contradições de outrem, justamente o que acontece no livro, onde há um constante diálogo entre, por exemplo, Sócrates e Glauco.
Já a fantasia representa um papel ainda mais relevante na difusão do dito filosófico proposto. Conceituada como um conjunto interligado de metáforas, ela se manifesta de maneira mais relevante no "mito da caverna". Nele, Platão cria dois planos: "a caverna" e "o dia", cada qual