Platao e reale
Na República, Platão formula seu modelo ideal de cidade, a cidade justa, que serve de contraste para a cidade concreta, Atenas, cujo sistema político é injusto, corrupto e decadente. Para definir o que é a cidade justa, Platão começa a examinar o que é a justiça, o que o leva a investigar o conhecimento da justiça e, por fim, o próprio conhecimento. A Alegoria da Caverna, que se encontra no início do livro VII deste diálogo consiste precisamente em uma imagem construída por Sócrates para explicar a seu interlocutor, Glauco, o processo pelo qual o indivíduo passa ao se afastar do mundo do senso comum e da opinião em busca do saber e da visão do Bem e da Verdade. É este precisamente o percurso do prisioneiro até transformar-se no sábio, no filósofo, devendo depois retornar à caverna para cumprir sua tarefa politico-pedagógica de indicar a seus antigos companheiros o caminho.
Platão diz que existem cinco formas possíveis de governo: a Aristocracia, quando a cidade é governada pelos melhores e mais bem preparados dos seus cidadãos, a Timocracia, onde predomina o gosto por honrarias, a Oligarquia, onde quem manda são os mais ricos, a Democracia, quando o governo é dirigido pela maioria da população e a Tirania que costuma ser o governo de um só.
Em linhas gerais, Platão desenvolveu a noção do Mundo das Ideias, aquilo que vemos ou sentimos, aquilo que percebemos com nossas sensações, são sombra das ideias perfeitas dessas mesmas coisas. A filosofia de Platão é conhecida por Teoria das Ideias ou Teoria das Formas, para Platão o mundo concreto percebido pelos sentidos é a reprodução do mundo das ideias.
Em Platão não encontramos uma definição fechada de justiça. Ele procura trabalhar o conceito de justiça