Trata-se de um texto que procura analisar a formação das cidades na antiguidade, passando pela constituição da família individualmente, pela religião, até tornar-se um grande aglomerado de pessoas. O presente trabalho, realizado a partir da obra de Fustel de Coulanges é concernente a terceira parte, intitulada ‘livro terceiro’ que fala sobre a cidade em dezoito tópicos sucintos e muito bem explicativos. Na sua parte inicial ressalta-se que existiam as famílias, seus Deuses eram os antepassados, cultuados em sua própria casa, e essas famílias não se misturavam com as demais. Com o tempo começaram a surgir associações que não pararam de crescer e as cúrias e fratrias formaram-se em tribos. Partindo dessa premissa, pode-se notar que várias fratrias formavam uma tribo e cada tribo passou a ter uma religião que não se fundia com a de nenhuma outra tribo, no dia em que se firmou a aliança das tribos é que finalmente surgiram as cidades, sempre ligada a religião. Mais adiante o texto apresenta que toda cidade tinha um fundador que ficava incumbido de realizar o ato religioso, decidia onde deveria brilhar o fogo sagrado e convocava os Deuses. Existiam também os banquetes públicos que reuniam todos os cidadãos por acreditarem que daquele ato dependeria a salvação das cidades. A análise do governo e política da cidade se constrói relacionando-se com o poder religioso que era exercido com tanta veemência na época, a necessidade de um rei era crucial, porque o estilo de governo já estava intrínseco em cada cidadão desde a formação da cidade, visto que na família existia o sumo-sacerdote, na tribo tinha o chefe religioso, então nada mais plausível que na cidade também fosse importante a figura de um chefe. Posteriormente implantou-se o regime republicano, no qual o rei foi substituído pelo magistrado que ficava no poder durante um ano, houve apenas uma transitoriedade no cargo, pois, por muitas vezes utilizava-se do título sagrado de rei. O intuito é o de evidenciar o quão