Cidade antiga
Abordará predominantemente a análise dos costumes nas sociedades greco-romana. O autor, através de sua célebre obra, identifica principais diferenças entre os povos gregos romanos e a civilização moderna por conta da diversidade religiosa. Enfoca os aspectos familiares, sua constituição, sua hierarquia, sobretudo a importância de sua ausência, observando os motivos de suas transformações, sua decadência e sua influencia para as sociedades seguintes. A família nestas duas sociedades se assemelha no principio básico de organização que era a autoridade do chefe familiar a quem todos daquela determinada família deviam obediência, tornando a família uma espécie de unidade da sociedade como um todo da época. O autor reconhece que as crenças religiosas marcam as instituições e delas são conseqüentes, contudo, para se obter maior rigor no estudo convém observar as concepções da vida e da morte, da divindade e suas crenças. Comparando as leis e os credos, observamosque a família se formou sob a influencia das religiões primitivas que deu origem, baseado na autoridade paterna, ao casamento, estabelecendo a linha de parentesco. Como a religião foi à base da formação da família, acaba, por conseqüência, também influenciando na organização das cidades, do governo e das autoridades decorrentes destas. É fundamental o reconhecimento da família nestas sociedades para que possamos compreender as conseqüências sociológicas das instituições e as implicações no direito privado. Coulanges entende que a relevância da religião e suas crenças fortaleceram a estrutura social e, o enfraquecimento destas convicções contribuiu para a decadência inevitável destas sociedades.
2 LIVRO PRIMEIRO - CRENÇAS ANTIGAS
2.1 Crenças a respeito da alma e da morte
Através do conhecimento relacionado aos pensamentos e costumes desde épocas remotas podemos reconhecer as idéias do homem a respeito de sua natureza, alma e o mistério da morte.
Na