A crise econômica de 2008 - repercussões no pib e nas exportações brasileiras
Vitório Reinaldo Backes1
Steici dos Santos Gonçalves2
Lucas Sommer Kunzler3
Geovani de Oliveira Paranhos4
RESUMO
O artigo tem por objetivo a análise dos impactos ocasionados pela crise econômica de 2008 de uma perspectiva brasileira. Essa análise insere o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), bloco econômico estabelecido em 1991 através do Tratado de Assunção firmado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, como base para a coleta de dados e comparação com a economia americana e mundial. A desvalorização do mercado imobiliário americano causou um colapso financeiro interno que repercutiu na economia mundial. A partir da análise elaborada, os resultados mostram que o mundo ainda está se recuperando desse baque econômico e tanto o MERCOSUL como o mundo em desenvolvimento como um todo mostram uma recuperação célere quando comparados às economias avançadas. Ainda é concluído que os níveis de exportação do Brasil para o MERCOSUL foram abalados pela crise e houve uma queda significativa no volume de exportações em 2009, no entanto, a recuperação foi rápida e no ano seguinte já havia ultrapassado o patamar pré-crise, evidenciando a recuperação econômica brasileira.
Palavras-chave: MERCOSUL; Exportação Brasileira; Recessão Mundial;
Crise Financeira
1 INTRODUÇÃO
A crise econômica de 2008, a maior desde a Grande Depressão da década iniciada em 1920 e do colapso da Bolsa de Nova York, em 1929, abalou o cenário econômico mundial e, logicamente, repercutiu na economia brasileira.
Blocos econômicos visam integrar os países membros, facilitando as relações comerciais entre eles e favorecendo o desenvolvimento econômico. O Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) foi firmado em 1991, por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai através do Tratado de Assunção, e pode ser considerado um sucessor das discussões iniciadas na década de 1980, entre Brasil e Argentina, para o estabelecimento de um