Cidade antiga
CAPÍTULO XI - REGRAS DO GOVERNO DEMOCRÁTICO; EXEMPO DE DEMOCRACIA ATENIENSE
À medida que as revoluções seguiam seu curso e se afastavam do antigo regime, o governo dos homens tornava-se mais difícil. Necessitava de regras mais minuciosas e de mecanismos mais numerosos e delicados. Um exemplo é o governo de Atenas que contava com um grande numero de magistrados, que coordenavam Atenas com suas devidas funções. Como o Arcote, que dava nome ao ano e velava sobre a perpetuidade dos cultos domésticos, o Rei, que realizava sacrifícios, o Polemarca, que servia como chefe do exército e julgava os estrangeiros, os Seis Testemotetas, que pareciam distribuir justiça e na realidade não faziam senão presidir os grandes júris, os dez Atlotetas, que consultavam os oráculos e faziam alguns sacrifícios, os Hieropoioi, que acompanhavam o arconte e o rei nas cerimônias. Vinham em seguida os magistrados criados especialmente para a democracia. Cada qual com a sua importância, conservando fielmente as tradições dos tempos antigos.
A maioria dessas magistraturas era repetida em cada uma das tribos e em cada um dos demes. Não se podia dar um passo na cidade ou no campo sem encontrar um magistrado.
Essas funções eram anuais, possibilitando de vários homens pudessem exercê-las por sua vez. Os magistrados-sacerdotes eram escolhidos por sorteio, e os que só exerciam funções de ordem pública, eram eleitos pelo povo. Cada novo eleito passava por um exame diante do Senado, diante do Areópago, que fazia uma pesquisa sobre a probidade do homem e sobre sua família. Exigia-se também que todo magistrado tivesse um patrimônio em latifúndio.
Acima dos magistrados, havia o Senado, que tinha o dever de fazer e executar as leis, e acima dos magistrados havia a assembléia do povo, que era o verdadeiro soberano, que era convocada pelos pritaneus ou pelos estrategos, que se reuniam em um recinto consagrado pela religião, desde a manhã, os sacerdotes faziam a volta ao Pnyx, imolando as