25 De abril
Dia da Liberdade
No dia 25 de Abril de 1974 aconteceu um golpe de estado militar que ficou conhecido por “Revolução dos Cravos” e como “Dia da Liberdade”. Antes do dia 25 de Abril de 1974, o nosso país viveu mergulhado na tristeza e no medo, durante mais de 40 anos de ditadura imposta por Salazar e Marcelo Caetano. Não se realizavam eleições livres e ficavam sempre os mesmos a mandar. As pessoas não tinham liberdade para dizer o que pensavam sobre o governo. Havia a PIDE, uma polícia política que vigiava, prendia e torturava quem tivesse ideias contrárias às do governo. O povo não estava contente com o governo. Enquanto os outros países da Europa avançavam e progrediam em democracia, o regime português mantinha o nosso país atrasado e fechado a novas ideias. A escola só era obrigatória até à quarta classe. Era muito difícil continuar a estudar depois disso. Todos os homens eram obrigados a ir à tropa (na altura estava a acontecer a Guerra Colonial). A censura, conhecida como "lápis azul", é que escolhia o que as pessoas liam, viam e ouviam nos jornais, rádio e televisão. Todos se mostravam descontentes, mas não podiam dizê-lo abertamente e as manifestações dos estudantes deram muitas preocupações ao governo. Os estudantes queriam que todos pudessem aceder igualmente ao ensino, ter liberdade de expressão e o fim da Guerra Colonial, que consideravam inútil. Os países estrangeiros deixaram de apoiar o governo de Portugal.
A solução veio através dos militares que cansados da guerra e da falta de liberdade, criaram o Movimento das Forças Armadas (MFA), ou "Movimento dos Capitães", liderado pelo Capitão Salgueiro Maia que tomou os principais quartéis, a rádio, a televisão e o aeroporto. Pela rádio foram lançados os sinais que deram indicação para os militares avançarem: duas canções. A primeira "E Depois do Adeus", de Paulo de Carvalho, a segunda "Grândola, Vila Morena", de Zeca Afonso. Quando os militares saíram à rua pela madrugada, já os vendedores