Caso clínico
Vivian é uma senhora de 76 anos, que foi dona de casa e que vive com o marido de 78 anos em uma pequena casa de material com 5 cômodos no centro da cidade de Itajaí. Nos últimos 20 anos, a principal preocupação de sua vida tem sido a batalha com a doença de Parkinson. Para ela a doença tem sido lentamente progressiva através dos anos, resultando numa mudança de suas atividades da vida diária, e ainda sua filha deixa dois netos em sua casa para ela tomar conta, um de 10 e outro de 13 anos, os netos fazem companhia para ela. Diz ser “...alguém que apenas se senta em casa e espera que os outros façam as coisas” Ela teve que lutar também contra a depressão, que vem sendo tratado com médico psiquiatra. Toma medicamentos carbidopa/levodopa e amitriptilna. Atualmente frequenta o centro de vivências para idosos 2 vezes na semana e quem a leva é o marido de carro, lá gosta de conversar com as outras idosas. Ele notou que no último mês houve exacerbação dos sinais e sintomas da doença, e que acabaram resultando em três quedas. Duas delas ocorreram quando tentava erguer-se de sua poltrona favorita, outra queda ocorreu ao se levantar da cama quando teve uma hipotensão postural. O marido ficou bastante preocupado com ela, pois estava caindo e poderia sofrer lesões mais sérias, como alguma fratura, então entrou em contato com o neurologista motivado pelo declínio funcional da esposa, e o médico instruiu a modificar as medicações e encaminhá-la para a fisioterapia domiciliar. Na avaliação fisioterapêutica a paciente se apresenta orientada, lúcida, mas tem dificuldade de prestar a atenção durante a conversa em seu domicílio, a memória de longo prazo está intacta, porém há limitação na memória de curto prazo, dificultando as atividades em seu ambiente, o marido a auxilia nessa questão. Tem iniciativa precária para tarefas e o marido precisa dar sugestões para que ela inicie muitas tarefas funcionais básicas, tais como vestir-se, preparar o alimento e se