Caso clinico

CASO I. Um homem de 56 anos foi levado à emergência de um hospital, com edema de membros inferiores e ascite. Após a realização de exames complementares, foi observado um baixo nível de albumina sérica; imagens sugestivas da presença de tecido conjuntivo de maneira difusa pelo parênquima hepático e insuficiência grave de válvula tricúspide. Existe correlação entre esses achados clínicos? Por quê?
Descreva detalhadamente e explique a formação do edema de membros, ascite e a presença de tecido conjuntivo no fígado. R: Sim, pois estes achados resultam na formação de edema. A presença de tecido conjuntivo no parênquima hepático caracteriza um quadro de fibrose hepática, que implica na diminuição ou ausência da produção de albumina (hipoproteina). A alteração no nível de albumina reduz a pressão hidrostática que favorece o quadro de edema. O inchaço ocorre quando há um excesso de saída de líquido para um tecido. Na verdade o excesso de água vai para o interstício, que o espaço existente entre as células dos tecidos. Quando ocorre uma inflamação, os vasos sanguíneos ficam mais permeáveis para facilitar a chegada das células de defesa ao local da infecção ou trauma. Com o alargamento dos poros, há um maior extravasamento de líquidos para os tecidos ao redor. Na maioria dos casos essa incapacidade dos vasos de reter os líquidos dentro dos mesmos ocorre por doenças que levam a pelo menos uma das 3 alterações abaixo:
-Aumento na pressão dentro dos vasos, normalmente por obstrução do fluxo.
-Retenção de sal e água pelos rins.-Redução na concentração de proteínas do sangue que ajudam a segurar água dentro dos vasos. O mecanismo de formação da ascite é semelhante ao que ocorre nos edemas. Em última análise, a ascite se forma pelo vazamento de líquido dos vasos sanguíneos que irrigam o peritônio, membrana que recobre os órgãos abdominais. A fibrose hepática pode ser definida como um acúmulo relativo ou absoluto dos