Espodossolo
Esta classe de solo é definida pela presença de horizonte diagnóstico B espódico (Figura 1) em sequência a horizonte E (álbico ou não) ou horizonte A, segundo critérios estabelecidos pelo SiBCS (Embrapa, 2006).
No campo, pode ser identificada pela cor do horizonte espódico, que varia desde cinzenta, de tonalidade escura ou preta, até avermelhada ou amarelada, e pela nítida diferenciação de horizontes. Podem apresentar um horizonte cimentado como fragipã, duripã ou “ortstein” subjacente ao horizonte espódico.
Verifica-se a atuação do processo de perda de compostos de alumínio com ou sem ferro em presença de húmus ácido e consequente acumulação desses constituintes em profundidade. Foto: Humberto Gonçalves dos Santos | | Figura 1: Espodossolo Ferrihumilúvico Órtico típico.
Fonte: Acervo da Embrapa Solos- Projeto Carbono/Quissamã – RJ. |
São solos, em geral, moderada a fortemente ácidos, normalmente com saturação por bases baixa (distróficos), podendo ocorrer altos teores de alumínio extraível. A textura é predominantemente arenosa, sendo menos comumente textura média e raramente argilosa (tendente para média ou siltosa) no horizonte B espódico.
Variam de pouco profundos até muito profundos. A drenagem é muito variável, havendo estreita relação entre profundidade, grau de desenvolvimento, endurecimento ou cimentação do horizonte diagnóstico (B espódico) e a drenagem do solo.
AMBIENTES DE OCORRÊNCIA
São originários, principalmente, de materiais arenoquartzosos, sob condições de clima tropical e subtropical, em relevo plano, suave ondulado ou ondulado (Figura 2). Ocorrem associados a locais de umidade elevada, em áreas de surgente, abaciamentos e depressões, sob os mais diversos tipos de vegetação. Foto: Humberto Gonçalves dos Santos | | Figura 2: Paisagem, cobertura vegetal e relevo da classe dos Espodossolos - paisagem típica de restinga.Fonte: Acervo da Embrapa Solos. | POTENCIAL E LIMITAÇÕES AO USO AGRÍCOLA