O enigma das instituições

O enigma das instituições
Por que há instituições que funcionam e outras não cumprem as suas atribuições? Por que há leis que pegam, transformando costumes e relações sociais, enquanto outras leis viram letra morta e não produzem efeito algum?
Por que os sucessivos governos falam tanto em reformas política e tributária e não conseguem ir além dos discursos? Por que políticos prometem maravilhas durante campanhas eleitorais e depois, após serem eleitos, não conseguem cumprir o que prometeram?
Estas perguntas fervilham na cabeça dos cidadãos sempre que as situações escancaram exemplos de irresponsabilidade, corrupção, desperdício de recursos públicos.
São problemas que causam sensações de revolta, indignação, protesto. E habitualmente há um imenso contraste entre os agentes que têm o poder de tomar decisões e a dimensão dos acontecimentos.
Como exemplo, o sistema tributário é um dos gargalos do desenvolvimento econômico e social do Brasil. Praticamente todos os políticos que abordam este assunto são unânimes quanto à necessidade de uma reforma nesse setor. Desde a década de 1980, os presidentes da República eleitos defenderam a reforma tributária em seus programas de governo.
Dois deles, Fernando Henrique Cardoso
(PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enviaram propostas de reforma tributária ao
Congresso. Mas ficaram emperradas nas mãos dos congressistas. E nada aconteceu.
Notícias de estatísticas de homocídios, roubos, estupros, arrastões em prédios e invasões de residências ganham as manchetes com poder de fogo assustador.
Indicam uma espécie de guerra não declarada que faz as pessoas correrem riscos no simples ato de entrar e sair de casa.
E elas não encontram a devida confiança nas instituições criadas para proteger a sociedade. Até porque, o crime também ameaça as instituições.
Cones em frente a bases policiais e a necessidade de redes de proteção à vida de juízes são provas disso.
No âmbito dos governos