Caso Barilla
2. Quais os benefícios e as restrições do programa?
O principal sintoma que demonstrava que a Barilla passava por problemas de produção estava relacionado à flutuação da demanda feita pelos distribuidores, dado que o processo produtivo da Barilla não conseguia acompanhar com eficiência grandes diferenças na demanda em um curto período de tempo; isso obrigava a empresa a manter muitos produtos em estoque, acarretando em altos custos de produtos acabados, ou a falta de entrega de produtos para os distribuidores. Entretanto, algumas decisões e estruturas da Barilla favoreciam essas flutuações de demanda.
Devido aos tipos de produtos que eram produzidos, os fornos de produção precisavam de um certo tempo de aquecimento para as massas, as quais não acompanhavam uma produção acelerada, ou seja, a empresa não conseguia acompanhar os pedidos de menor prazo dos distribuidores. Outro problema se consistia na política da empresa em realizar promoções frequentes, propiciando demandas muito variadas. Existiam duas estratégias de promoções principais: os distribuidores podiam comprar a quantidade do produto que quisessem para atender as necessidades atuais e futuras durante os períodos de sondagem que a Barilla escolhia, não possuindo um limite máximo ou mínimo dos pedidos. O segundo modo de promoção era referente a promoções em relação ao volume adquirido, em que a Barilla oferecia descontos nos produtos e no transporte para os distribuidores que adquirissem a carga total de um caminhão. Através dessas estratégias, ficava muito difícil prever as demandas futuras dos seus distribuidores, sendo este um dos principais motivos da alta flutuação dos pedidos dos distribuidores. Essa falta de previsão conjuntamente com promoções que incentivavam uma demanda inconstante, culminava para o chamado efeito chicote, em que a empresa não obtinha informações suficientes para prever as demandas e o controle de estoques de