Case
Wal-Mart mais verde
Varejista fecha parceria com 50 indústrias e coloca 300 itens sustentáveis e exclusivos nas lojas. Conheça o minucioso planejamento criado para a ação.
NA LOJA DA REDE WAL-MART localizada no bairro do Morumbi, em São
Paulo, uma gôndola especial foi montada apenas para abrigar papel higiênico Neve, com fibras recicladas. Um anúncio em amarelo chama a atenção para a oferta: oito rolos por R$ 11,98. No andar de cima, na área de brinquedos, uma grande prateleira, na altura dos olhos do consumidor, disponibiliza unidades do jogo Banco Imobiliário, feito de polietileno renovável.
Tanto a marca Neve quanto o produto da Estrela não podem ser comprados em outro lugar qualquer - são vendidos exclusivamente pela varejista. Se não há concorrência, por que então tanto barulho? A maior rede de varejo do mundo resolveu fechar a sua primeira parceria com a indústria no País para a venda de produtos sustentáveis. Trezentas mercadorias de 50 indústrias estão espalhadas nas 347 lojas do grupo Wal-Mart durante junho, o mês da terra. Todas têm algo de exclusivo, da embalagem à própria mercadoria.
E cada uma delas recebe um destaque especial para chamar ao máximo a atenção do cliente. As conversas finais para esse projeto aconteceram em outubro de 2008, em reunião fechada de Hector Nuñez, presidente da varejista no Brasil, com o alto comando de companhias como Pepsico, Kimberly-Clark, Unilever e Procter&Gamble. Há tempos o Wal-Mart tenta colocar na rua uma ação como essa, mas não tinha o que oferecer ao consumidor. A teoria da rede é ciente, e fazê-lo adquirir itens ecologicamente corretos, se a mercadoria não estiver ao seu alcance e, principalmente, se não tiver preço competitivo.
É um efeito dominó: se o consumidor é convencido da compra, a venda aumenta, o custo de produção do fabricante cai e a mercadoria, agora cara, tende a baratear. É algo muito próximo do que o expresidente mundial do grupo norte-americano, o