Cartas a um jovem terapeuta
CURSO DE PSICOLOGIA
Resenha da obra de Contardo Calligaris “Cartas a um jovem terapeuta”
MAYARA CAPRINI
Porto Alegre
2011
CARTAS A UM JOVEM TERAPEUTA
CALLIGARIS. Contardo. Cartas a um jovem terapeuta. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008
Este livro nos instiga a pensar nas escolhas em que realizamos ao longo de nossas vidas. Seriam então nossas vocações que nos levaram a estar trilhando o caminho do entendimento da subjetividade humana? Logo, vem em minha mente, a figura de minha pessoa anos atrás. Nunca fui uma pessoa cercada de amigos, mas, sempre fui uma amiga para quem estava precisando, e confesso que adorava quando alguém me procurava para lamentar o fim de um relacionamento, a briga com a mãe, ou simplesmente para desabafar e pedir um conselho. Nunca me senti o centro das atenções e muito menos uma conselheira nata, apenas gostava de ajudar o próximo em seus dilemas e conforta-los quando preciso.
Quem sabe, por essas e outras razões resolvi cursar psicologia e no futuro ser uma psicoterapeuta. Como Calligaris postula em sua obra: “na vida social o psicoterapeuta não encontra nada parecido com a espécie de gratidão que, em geral, é reservada ao médico. O psicoterapeuta encontra uma atitude que é uma mistura de temor com escárnio. O psicoterapeuta não deve esperar a gratidão de seus pacientes.” (Calligaris, Contardo. Cartas a um jovem terapeuta. Pág. 5.). Entre outras profissões, o paciente procura em seu psicoterapeuta o remédio para curar suas enfermidades. Uma de suas motivações para a procura é a esperança da cura, sendo assim, deposita em seu psicoterapeuta toda sua confiança, sendo a mesma, um fator importante para que o tratamento de qualquer mal funcione. Porém, é importante ressaltar que além da confiança e do vínculo entre paciente e terapeuta serem importantes para o tratamento, não podemos descartar episódios de