Cartas a um jovem terapeuta
“Cartas a um jovem terapeuta”
Contardo Calligaris
Aluna: Bruna Assis
Junho de 2009
O livro “Carta a um jovem terapeuta” de Contardo Calligaris discute, seguindo os moldes de uma carta em resposta aos aspirantes a psicanalistas, as principais questões surgidas entre iniciantes. O autor começa explicando o seu título, especificamente, a palavra terapeuta. Assume uma postura humilde diante dos psicanalistas que repudiam as psicoterapias colocando a psicanálise inclusa nesta categoria. Na primeira carta, o Calligaris disserta sobre a vocação profissional. Coloca primeiramente, como necessário a um psicanalista, ter certos traços de caráter ou de personalidade que não são adquiridos durante a formação. Dentre eles estão não esperar reconhecimento e agradecimento dos pacientes, pois as terapias devem visar a autonomia destes não perdurando por toda a vida; além de um terapeuta, depois de usado, tem que se permitir ser “jogado fora”. Os outros traços pontuados são: um gosto pela palavra e um carinho espontâneo pelas pessoas, ainda que estas sejam diferentes; curiosidade pela variedade da experiência humana, com o mínimo possível de preconceito sendo importante identificar os limites de cada um; possuir o conhecimento de suas próprias experiências humanas (singularidade); e uma dose de sofrimento psíquico, passando por uma análise pessoal. Sobre isto, o autor ressalta que não há uma terapia didática, ao contrário do que muitos estudantes pensam; alguma questão deve ser levantada pelo analisando em relação ao seu modo de funcionamento. Já nos quatro bilhetes, é discutido sobre a possibilidade de haver um “desvio” (ex: pedófilo, travesti) que impediria que um sujeito se tornasse psicoterapeuta. Em contraponto também destaca-se o limite do psicanalista para com o paciente: quais seriam recusados e encaminhados? Responde que isto depende da história de cada um. Por fim, debate sobre a