Capitalista e imperialismo
CAPITALISMO MONOPOLISTA E IMPERIALISMO
No fim do século XIX, o capitalismo vivenciou profundas transformações, entrando no que Lênin designou de “fase superior”, o imperialismo. Os economistas burgueses procuram, frequentemente, reduzir a noção de imperialismo à criação dos impérios coloniais, porém, isso é apenas um dos seus traços. A fase superior do capitalismo caracteriza-se por uma série de peculiaridades que, só tomadas em conjunto, podem dar a compreensão da essência do imperialismo. A base econômica da sociedade burguesa, na época do imperialismo, continua sendo: a propriedade capitalista sobre os meios de produção e a exploração, pela classe dos capitalistas, da classe dos trabalhadores assalariados. Entretanto, as formas desta propriedade e o modo de exploração do trabalho, pelo capital, modificaram-se consideravelmente, influenciados pelo estupendo desenvolvimento das forças produtivas, pelo progresso da ciência e da técnica. O imperialismo representa uma fase qualitativamente nova da formação socioeconômica capitalista. Mas quais são as mudanças na ordem econômica e política do capitalismo que permitem falar da sua entrada na fase imperialista? Lênin desenvolveu uma análise profunda acerca do imperialismo, demonstrando em sua obra, O Imperialismo, fase superior do capitalismo, que as mudanças operadas no sistema, ao longo da segunda metade do século XIX, estão relacionadas à passagem do capitalismo concorrencial para o capitalismo monopolista. O CAPITALISMO MONOPOLISTA O período compreendido entre meados da década de 1840 e 1873 (ano que assinalou o início da primeira grande crise de superprodução na Europa) ficou conhecido como a era de ouro do capitalismo de livre concorrência. Foram anos que se caracterizaram pela rápida expansão econômica em toda a Europa e pela consolidação da ordem burguesa nas principais nações européias. Os modernos bens de