TRABALHO IMPERIALISMO
1.1 Teoria do Imperialismo Capitalista, de Hobson
John Atkinson Hobson foi um intelectual inglês do século XIX, um dos pioneiros da economia moderna e o criador do termo Imperialismo. Foi defensor de diversas causas sociais progressistas, estudou o desenvolvimento histórico da dinâmica da economia capitalista com o objetivo de reformular as teorias e o enfoque de toda ciência econômica.
Em sua obra Imperialismo: um estudo de 1902, Hobson lança crítica às guerras expansionistas travadas pela Grã-Bretanha e rejeita a essência econômica do imperialismo. Acreditava que:
A força básica que promovia e dirigia o imperialismo era, na opinião de Hobson, a ânsia interminável de acumular capital e de investir os lucros obtidos com este capital em novo capital igualmente lucrativo (HOBSON apud HUNT, 1989, p. 380).
Hobson foi o primeiro a mostrar que o imperialismo correspondia à passagem do capitalismo concorrencial - e o dogma do laissez-faire - para o capitalismo monopolista. Procurava expor o termo imperialismo baseando-se em fatos e dados populacionais e territoriais de publicações oficiais do governo britânico. Desde 1870, uma série de nações européias anexou regiões da África e Ásia e outras partes do globo, sendo estas submetidas ao controle colonial da metrópole. Destas anexadas pela Grã-Bretanha, quase todos os territórios se encontravam submetidos ao poder absoluto do império britânico.
Este modelo, Hobson denominava de imperialismo a submissão ao poder da metrópole como forma de absorção política das terras, onde os funcionários, mercadores e industriais exerciam seu poder econômico sobre as raças inferiores e incapazes de se autogovernarem.
Para ele, o papel que os fatores não econômicos desempenhavam na expansão imperialista, como o patriotismo, o espírito militar, a ambição política e o fervor religioso seriam a força motriz do imperialismo e não os círculos financeiros, estes seriam os reais condutores do motor imperial, mas não seu combustível.