Breve comparação entre o antigo código de menores e o estatuto da criança e do adolescente
2.0 Desenvolvimento O antigo código apresentava um caráter discriminatório. Destinava-se somente a menores mais pobres, pois estariam estes em “situação irregular”, portanto, associando a condição social à uma tendência natural à desordem. Já o novo Estatuto traz aí uma mudança de paradigma, ele trata todas as crianças e adolescentes de forma igualitária, sem distinção alguma e com imparcialidade. O Código de Menores funcionava como instrumento de controle social, onde o Estado passava a ter a tutela dos menores “irregulares” se utilizando de meios de repressão. A única intenção estatal era regular os distúrbios sociais, sem nenhum compromisso em solucionar o problema do menor. Ao contrário, o ECA procura uma solução efetiva dos problemas que afetam a infância e a juventude. Reconhece o menor como sujeito de direitos, carente de uma maior proteção para garantir o seu pleno desenvolvimento e ainda responsabiliza toda a sociedade para proporcionar uma inserção social a esse menor. No antigo código o menor que cometia uma infração sofria as mesmas medidas judiciais que um adulto, ignorando-se que o jovem possui certas particularidades geradas por essa fase de transformação. Com o novo Estatuto o jovem passa a ter reconhecido os seus direitos e passa a sofrer um tratamento diferenciado, com o objetivo de educar, conduzir e readaptar o menor. Durante a vigência do Código de Menores, era rotineiro que os