BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida
O título da obra decorre da modernidade da sociedade que avança em vários sentidos, porém, questionável em suas atitudes e o seu contexto enquanto sociedade. A liquidez, a qual Bauman propõe vem do fato que os líquidos não têm uma forma, ou seja, são fluídos que se moldam conforme o recipiente nos quais estão contidos, diferentemente dos sólidos que são rígidos e precisam sofrer uma tensão de forças para moldar-se a novas formas.
A obra dedica-se a análise dessa liquidez que permeia cinco tópicos básicos: a emancipação, a individualidade, o tempo e espaço, o trabalho e a comunidade.
-Emancipação
Bauman levanta uma questão sobre o conceito de liberdade, quando questiona se a mesma seria uma benção ou maldição, ou seja, uma benção no sentido que o individuo pode agir conforme os seus pensamentos e desejos, mas na contra-mão fala de uma maldição, já que recai sobre ele a responsabilidade por seus atos e ações.
Na modernidade líquida a hospitalidade dá espaço à crítica, onde passa do estado de agente passivo para o agente ativo, que questiona e reflete sobre as ações e porquês das coisas e a ação do individuo sobre a sociedade e vice-versa. A sociedade sólida, ou mesmo concreta, era impregnada de um certo totalitarismo na medida que é rígida, não tem resiliência e não se adapta as novas formas.
Bauman aborda que “o principal objetivo da teoria crítica era a defesa da autonomia, da liberdade de escolha e da auto-afirmação humanas, do direito de ser e permanecer diferente”. Em outras palavras, a tal hospitalidade à crítica é onde o individuo vai e vem em liberdade e esta aberto aos questionamentos e reflexões, ele flui pela sociedade, tempo e espaço, pode reclamar ao sentir-se prejudicado, reivindicar direitos, porém é também responsabilizado pelas ações e reações decorrentes de seus atos.
Nesta altura da reflexão sobre a emancipação o autor traz a tona Max Weber que discursava sobre a impossibilidade de atingir a satisfação