Comentário do Posfácio de Zygmunt Bauman em Modernidade Líquida: Escrever; Escrever Sociologia
Escrever; Escrever Sociologia.
Universidade Federal do Ceará
Março de 2014
Autopoiesis, palavra grega que define criação, autocriação, dar forma, e abrange, de uma forma geral, o pensamento de Baumam nesse pequeno pósfácio. Ideia essa que tambem faz parte da minha filosofia de vida pessoal.
Quando colocamos algo como absoluto, intócavel, fazemos disso uma barreira para o potencial humano, também um obstáculo para que juguemos o que foi colocado, e impede decidirmos se cabe a "nossa verdade" ou não. Enfim, manter algo sem questionamentos é uma É necessario um exilio, não necessáriamente um exilio fisico-espacial, mas um exilio de "não se encaixar em uma pátria", para que assim possa a julgar de fora, ou tentar, mas Bauman deixa claro que o ser que escreve nunca será neutro. É necessário "ir para longe, para o desconhecido, mutilação ao que podemos ser se formos menos acomodados com relação a aceitar fatos. arriscando todos os riscos prazeres e perigos que o desconhecido oculta (até mesmo o risco de não voltar)" (pag. 235).
Ser "sem pátria" não significa não ter uma terra natal cultural, ao contrário, significa ter mais de uma. É combinar intimidade com a visão crítica de um estranho. Ser insider e outsider ao mesmo tempo.
Para criar e descobrir é preciso quebrar a regra, ir além do que nos foi dado como fato. O exilado não tem opção, precisa ir além, ja que assumiu uma posição autônoma ao espaço.
"O exilado defende o direito de julgar e escolher, a adesão a ambivalência ou invocção dela." (pág 238). Aqui, Bauman parece exaltar alguns dos valores da epóca que chama de "modernidade líquida", que inclui o invidualismo que tanto parece criticar. Ele defende que estamos em um território flutuante onde individuos frágeis encontram uma realidade porosa, onde só se adaptam coisas em estado de mudança, fluidas. Esses individuos frágeis buscam segurança na velocidade, essa que não é