Barreiras estruturais à entrada - ECONOMIA INDUSTRIAL
O grau de concentração das indústrias e economias de escalas não são suficientes para explicar a estrutura industrial. Com o trabalho pioneiro de Joe S. Bain, nas décadas de 1940 e 1950, veio a teoria de que a facilidade ou dificuldade que as empresas estabelecidas têm de impedir a entrada de novas empresas, ou seja, a existência ou não de barreiras à entrada é o principal fator na determinação dos preços e da lucratividade em uma indústria.
Para se iniciar a construção da base teórica que conceitua as barreiras à entrada temos que começar pela conceituação de dois tipos de concorrência que são a concorrência real e a concorrência potencial. A concorrência real é a concorrência que ocorre em função do número e do tamanho de empresas já existentes em uma indústria. Já a concorrência potencial é a concorrência que se dá entre as empresas já estabelecidas e novas empresas, empresas potencias, que têm o objetivo de entrar nesta mesma indústria. A ênfase na concorrência potencial é típica do pensamento clássico e leva em consideração a livre mobilidade de capitais, por exemplo, se um determinado ramo industrial apesenta lucros extraordinários outras empresas se interessarão em investir capital nesta mesma indústria e a partir do momento em que esta indústria não apresentar mais estes lucros, devido a entrada de mais investidores e a consequente queda nos preços e na lucratividade, estas empresas podem migrar para outras indústrias. Porém se uma indústria apresenta lucros extraordinários permanentes, provavelmente existe restrição à mobilidade de capitais. Dizemos então que neste caso existem barreiras à entrada.
Agora vamos elencar alguns elementos básicos envolvidos com o problema de barreiras à entrada:
Empresas estabelecidas: são as empresas que já atuam na indústria considerada e agem em conjunto para evitar a entrada de novas empresas. Uma consideração importante é este tipo de ação contra a concorrência potencial anula a