Autonomia do Paciente
Vinicius de Medeiros Marçal1
RESUMO: Rompendo com o antigo conceito paternalista de medicina, onde o médico é que decidia o que dizer ao paciente e qual tratamento esse devia realizar, a autonomia hoje, e cada vez mais, passa a ser respeitada pelos profissionais da saúde. Por diversas razoes entre elas o continuo e acelerado avanço da medicina moderna que abre um leque de varias opções apresentando muitas vezes um modelo de tratamento que agrade mais determinados pacientes. Há também de se analisar quais os critérios e limites para se respeitar a autonomia do individuo que se coloca como paciente bem como os limites do médico sobre quais pacientes aceitar e quando devem respeitar a autonomia do mesmo, sabe-se que a autonomia do individuo quando relacionada a sua saúde deve ser vista com ressalvas e há ocasiões em que o médico não deve respeitá-la agindo tanto omissiva como comissivamente isso porque o médico, principalmente pela natureza de sua profissão, deve agir sempre visando o bem de seu paciente e não como um subordinado deste realizando atos clínicos que possam lhe causar danos ou ameaçar sua saúde
Palavras-Chave: Autonomia. Paciente. Consentimento.
INTRODUÇÃO
A autonomia do paciente é tema atual que merece atenção tendo em vista que hoje já não é mais aceito aquele tradicional modelo paternalista de medicina em que o médico decidia por seu paciente qual o melhor tratamento. A sociedade assume hoje uma postura mais independente sobre as terapias a que irão submeter-se, e o profissional que exerce a medicina deve estar ciente deste fato e saber lidar com as varias hipóteses que surgirão no seu dia a dia como médico já que haverá ocasiões em que o médico deverá agir apenas com o consentimento do paciente e haverá casos em que aquele será obrigado a agir decidindo por seu paciente qual a terapêutica mais adequada. O médico deve ter ciência também que a autonomia do paciente não condiz com a empregada em