Auto gestão educação popular
O Práxis - Coletivo de Educação Popular é um movimento social criado por um grupo de estudantes em 1999, em Santa Maria - RS. Suas linhas de atuação iniciais são pesquisa, criação e experimentação de práxis ligadas a Educação Popular, articulando setores das universidades, trabalhadores e organizações populares (OLIVEIRA, 2008).
Não há como tratarmos de sua história sem falarmos do contexto do Movimento Estudantil (ME) na década de 1990. Este período caracterizou-se pelo enfraquecimento dos movimentos sociais populares e pelas escolhas sócio/políticas dos governos vigentes na época. Tal contexto foi marcado por discussões acirradas acerca do neoliberalismo e onde as organizações populares procuravam apontar alternativas.
É neste cenário que um grupo de estudantes da UFSM e da UNIFRA organizaram-se com o intuito de pensar novos meios para o desenvolvimento de ações políticas . Neste processo, tomaram a Extensão Universitária e a Educação Popular como estratégicas para o amadurecimento de alternativas.
Observa-se, assim, um laço com teorias políticas e pedagógicas libertárias, que definem suas posições e que mostram sua diferenciação em ser um movimento que prima por uma formação cultural emancipatória, capaz de proporcionar uma maior consciência para a transformação da sociedade.
Em 2000, o Práxis criou um Projeto de Ensino, Pesquisa e Extensão no formato de um Pré-vestibular Popular na UFSM . Ao mesmo tempo empreendeu ações junto a Associação dos Catadores do Lixão da Vila Caturrita, através da construção de um Galpão de Reciclagem. Tais iniciativas guardavam a particularidade de apostar em estratégias autogestionárias e de práticas e metodologias dialógicas ou não – diretivas.
Ao longo de seus mais de doze anos, é natural que este grupo tenha passado por mudanças, pois se trata de um tempo em que a conjuntura político/social do País mudou substancialmente. O neoliberalismo radical e propostas como a ALCA perderam