Psico-higiene

BLEGER, José. Psico-Higiene e Psicologia Institucional. Cap., 3. O Psicólogo na Comunidade Porto Alegre Artes Médicas, 1984.

O texto refere-se ao papel do psicólogo na comunidade, assim, o autor busca esclarecer pontos que compreende o contexto ao qual está inserido este profissional. Apontando as diferenças entre psiquiatra e psicólogo, instituição e comunidade.

Neste sentido, a diferença do psiquiatra, que é um profissional da arte de curar e um especialista nas doenças mentais, para o psicólogo pode ser esclarecida, quando este entende que não cabe a ele se situar no campo da doença, seja de cura ou da profilaxia, seja da doença mental ou não. Pois, no campo da higiene mental e dentro da saúde pública o psicólogo tem múltiplas tarefas e funções que contribuem de forma especifica para o bem-estar do indivíduo.

Bem esclarecido o campo de atuação do psicólogo, o texto é enfático quanto ao objeto de estudo deste profissional, e que para tal é necessário compreender o que é uma comunidade e o que é uma instituição. A comunidade representa um espaço geográfico onde o indivíduo representa uma função na qual desenvolvem a vida explicita não havendo uma tarefa comum que os una. Já na instituição, os seres humanos exercem funções, tarefas que os unem, estabelecendo normas e nexos de todo tipo.

Portanto, se o trabalho a ser desenvolvido tem como prisma a promoção de saúde (dentro do campo de saúde pública e da higiene mental) tanto como a psicoprofilaxia, tem sua esfera de atuação no seio da própria comunidade, sobre os aspectos das condições de vida e do tipo de vida que se desenvolve. A intervenção deverá ser efetuada sobre uma estrutura complexa que constitui uma verdadeira constelação multifatorial integrada por todas as atividades, institucionais, normas e interações que se dão numa comunidade.

Segundo o autor essa teoria toda só funcionaria se bem esclarecidos os objetivos da psico-higiene, mas que ainda há uma grande