Resenha do livro “Psico-Higiene e Psicologia Institucional”
Para Bleger, o psicólogo não deve pensar apenas em curar pacientes doentes, mas pode também desenvolver alguns métodos para a promoção da saúde e atividades para a população. Deve levar em consideração não só um enfoque nos problemas individuais, mas também fazer a análise dos fenômenos sociais que provocam cada problema a ser resolvido.
Para Bleger, a psicologia institucional não é só um campo de aplicação da psicologia, mas sim um campo de investigação. É necessário que se investigue sempre o que está sendo feito na intervenção, pois o centro de toda a psicologia é na maioria das vezes a prática, ou seja, na psicologia a prática determina a teoria. "Não há possibilidade de nenhuma tarefa profissional correta em psicologia se não é, ao mesmo tempo, uma investigação do que está ocorrendo e do que está se fazendo. A prática não é uma derivação subalterna da ciência, mas sim seu núcleo ou centro vital". (Bleger, p.31)
Na visão de Bleger, o objeto de estudo e de intervenção é a instituição como um todo. Seus funcionários, sua estrutura física, sua administração, o corpo docente e discente, a família dos alunos, a comunidade e a sociedade em que a escola está inserida.
Ao se fazer um diagnóstico, todas estas características devem ser levadas em consideração na hora de fazer um diagnóstico, planejar um método de intervenção e intervir. A psicologia institucional seria uma união entre a psicanálise e a psicologia social. Pode ser considerada como uma psicanálise clínica social, em que o organismo a ser submetido à análise é a instituição escolar. Seu desenvolvimento, as fantasias inconscientes, as resistências ao terapeuta e seus objetivos devem ser objeto de análise. Os objetivos da instituição quando se contrata um psicólogo (sendo que pode ser apenas uma formalidade, uma obrigação a ser cumprida) devem estar bem claros. O objetivo da escola ao contratar pode conter já a queixa, o ponto