Educação e movimentos sociais

1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho pretende examinar a articulação das práticas educacionais ligadas aos movimentos sociais. Ele se encaminha através da conceitualização sobre o que é a Educação, o que é Movimentos Sociais. A junção destes dois fenômenos na assim chamada Educação Popular. E a apresentação de uma experiência desta maneira de pensar a Educação feita pelo MST (Movimentos dos Trabalhadores Sem-Terra) nas suas Escolas Itinerantes. Há vários questionamentos sobre o que é educar, E estas indagações tornam-se mais preeminentes em um contexto sócio-cultural onde a educação é apenas uma peça do sistema para reproduzir a si próprio por meio da disciplina e uniformidade (Ribeiro, 2008 p. 42). Além da clara função de transmissão de conhecimentos e preparação para a vida social e profissional. Cada vez mais é aceito o papel político fundamental que a educação possui ou pode ter. O que a torna uma ferramenta crucial para o processo emancipatório do povo, através da Educação Popular. O paradigma deste tipo de educação tem sido associado com a criação da identidade de grupos populares na sociedade. Como resultante, a Educação passa a ser vista como um decisivo meio no processo de reforma e mudança das estruturas sociais. Este quadro coloca novos desafios que têm implicações práticas e teóricas para a educação e todos os que se envolvem no processo educativo. Em conexão com isto, cada vez mais os movimento sociais passam a reconhecer a educação como parte de suas lutas pela transformação social. E se mobilizam para o atendimento das demandas educacionais de seus integrantes, e na elaboração teórico-prática de ações sócio-educativas. A visibilidade dos movimentos que lutam por justiça e cidadania, como espaços de organização e difusão dos conhecimentos que formam sujeitos políticos coletivos, é o que este trabalho se propõem a constatar.

2. EDUCAÇÃO E MOVIMENTOS SOCIAIS

2.1. CONCEPÇÃO DE MOVIMENTO SOCIAL E EDUCAÇÃO

Segundo Melo (2001),