Atresia de esôfago
Esophageal Atresia: Evolution of the Treatment
Uenis Tannuri1, Ricardo Frank Coelho da Rocha2, João Gilberto Maksoud3. Serviço de Cirurgia Pediátrica do Instituto da Criança "Prof. Pedro de Alcântara". Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP Unitermos: Atresia de esôfago, nutrição parenteral Keywords: Esophageal atresia, parenteral nutrition
RESUMO
Apresenta-se uma atualização no diagnóstico e tratamento pré e pós operatório da atresia do esôfago, com base no estudo de 45 recém-nascidos tratados no Serviço de Cirurgia Pediátrica do Instituto da Criança "Prof. Pedro de Alcântara", nos últimos seis anos. Foram analisados o momento do diagnóstico, as malformações associadas, o número de casos em que foi necessária a assistência ventilatória, o tipo de suporte nutricional endovenoso, o tempo de preparo pré-operatório é, finalmente, a utilidade da gastrostomia descompressiva no preparo préoperatório. Verificou-se que em 6 crianças o diagnóstico foi suspeitado no período ante-natal, através da ultrassonografia materna e, em todos os outros, o diagnóstico foi feito após o nascimento, quando havia salivação abundante ou sufocação durante as mamadas. As cardiopatias foram as principais malformações associadas
(20%) e, em 18 recém-nascidos (40%) foi necessária assistência ventilatória mecânica. O preparo pré-operatório foi realizado em períodos que variaram de 24 horas a 49 dias, utilizando-se nutrição parenteral em 41 casos (91,1%). A descompressão gástrica, através de gastrostomia, outrora realizada rotineiramente, foi indicada apenas quando havia distensão abdominal ou necessidade de longo período de preparo préoperatório (25 casos - 55,5%). Seis crianças faleceram no pós-operatório, em decorrência de cardiopatia associada, deiscência da anastomose esofágica ou prematuridade extrema, sendo estes, portanto, os principais fatores de prognóstico. Concluiu-se também que, graças ao aprimoramento técnico da