As principais teorias do cinema: a perspectiva de dudley andrew
Isadora Bernardes Aquini do Amaral
A partir da leitura da obra de Dudley Andrew, As principais teorias do cinema, podem-se obter importantes propriedades introdutórias a respeito da obra dos principais autores que se propuseram a explicar a estética cinematográfica. Já em sua introdução, o autor levanta um questionamento a respeito do conceito de teoria do cinema. Segundo Andrew, o processo dos teóricos conta com fundamentos especulatórios no concerne à busca por uma maior compreensão a cerca de algum elemento referente ao cinema. Tal busca gera formulações de caráter contemplativo que tentarão explicar, discutir ou abordar o elemento de estudo e, acima de tudo, verificar o quanto de suas especulações se provam coerentes quando confrontadas com o exercício prático. A teoria busca constantemente responder e analisar as perguntas recorrentes na mente daqueles envolvidos na produção filmográfica. Acreditando, pois, que a compreensão intuitiva dos cineastas carrega também a perda do prazer original irrefletido. Ao deparar-se com o habitual conflito entre crítica e teoria cinematográfica como organismos independentes, o autor aponta os pontos de convergência entre tais mecanismos, alegando que enquanto o crítico tenta traduzir um sistema de signos presentes em cada filme, o teórico busca desvendar um sistema de signos presentes em um grupo inteiro de filmes com características comuns, formando gêneros e sub-grupos. A meta da teoria cinematográfica é, portanto, é formular uma noção esquemática a partir das potencialidades do cinema. Uma vez definida a meta, parte-se para a metodologia utilizada na exploração da propriedade a ser pensada. A princípio é necessária uma análise referente à matéria prima, estado básico para o molde do processo cinemático. A seguir, são estabelecidos os métodos e técnicas, parte de um aglomerado de levantamento de dúvidas a respeito do processo criativo que