Teoria E crítica cinematográfica
Andrei Tarkivski
-‐ Embora a junção das tomadas seja responsável pela estrutura de um filme, ela não cria seu ritmo, como se costuma pensar. O ritmo não é determinado pela extensão das peças montadas, mas sim, pela PRESSÃO DO TEMPO que passa através delas. A montagem não pode determinar o ritmo (neste aspecto, ela só pode ser uma característica do estilo). -‐ A consistência do tempo que ocorre através do plano, sua intensidade ou “densidade”, pode ser chamada de PRESSÃO DO TEMPO”, assim, então a montagem pode ser vista como a união de peças feitas com base na pressão do tempo existente em seu interior.
-‐ Quando sentimos algo de significativo e verdadeiro, que vai além dos acontecimentos mostrados na tela, quando percebemos, com toda clareza, que aquilo que vemos no quadro não se esgota em sua configuração visual, mas é um indício de alguma coisa que se estende para além do quadro, para o infinito: um indício de vida. Sempre há mais num filme que aquilo que se vê, se for um verdadeiro filme. -‐ Eisenstein: sequências e tomadas mínimas e juntos vão trazer uma