Introdução à teoria do cinema e A literatura através do cinema
Desperate
As duas obras propõem-se a nos dar um panorama da teoria do cinema em conexão com a literatura. Não podemos separar a teoria do cinema com sua historicidade, uma vez que esta não pode ser narrada como uma progressão linear de fases e movimentos. Sendo assim, os textos nos deixam claro a suam importância dos fatos históricos como fator de influência nas obras da arte cinematográficas.
Como a própria literatura, o cinema exibe traços de teorias anteriores e o impacto das teorias seguintes, e, não por acaso vem classificando-se em tipos (drama, tragédia e melodrama) assim como na teoria poética de Aristóteles, mas com categorias específicas para o cinema, como paisagens, atualidades, quadros, diários de viajem. O gênero cinematográfico também é permeável às tensões históricas e sociais.
A fidelidade é sempre questão recorrente quando falamos de adaptações de obras literárias para o cinema. A crítica nesses casos pode vir altamente discriminatória, diminuindo as obras sequentes a meras compilações sem qualidade, que deveriam contar a mesma história da obra escrita, como se esta fosse um cânone que jamais deve ser violado. É certo que, algumas adaptações sejam mal feitas e não atinjam as ideias da literatura, e nisso, perde-se muito em qualidade artística. No entanto, deve-se enxergar a adaptação como um novo olhar, uma nova interpretação de determinada obra, ou seja, não é uma perda quando uma obra é adaptada, mas sim um ganho. Evidentemente, ao pensamos nas obras cinematográficas dessa maneira, deixando de lado uma postura restrita e discriminatória, não devemos abandonar o ato da crítica.
O realismo é um termo também muito recorrente às obras de cinema, pois ingressa na teoria do cinema já repleto de convicções da filosofia e da literatura. Por definição temos o realismo como a crença na existência objetiva dos fatos e a tentativa de enxerga-los sem