Cinema e romance policial como cultura de massa:
Keyla Freires da Silva¹
OBJETIVOS
Temos como um dos objetivos, ao desenvolver este artigo, fazer uma análise comparativa entre a literatura (mais precisamente o romance policial) e o cinema como cultura de massa. Entender o significado do termo cultura de massa, relacionando-o ao romance policial e ao cinema, problematizando as reflexões de alguns teóricos do assunto. A ponte entre literatura policial e cinema faz-se pela semelhança estrutural, dentre outros fatores, de ambas as narrativas, caracterizadas por serem compostas de princípio, meio e fim, (valendo-se também do “cinema noir”, cujas temáticas são as mesmas do romance policial), tomando por foco os filmes mais difundidos e apreciados. Figura-se ainda como meta de nosso trabalho verificar quais rumos estão tomando essas produções no contexto cultural contemporâneo; o romance policial de hoje traz as mesmas características dos clássicos do gênero? Isso se aplica também ao cinema? Quais as vertentes do cinema hoje?
METODOLOGIA E FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Primeiramente, faz-se necessário uma reflexão sobre o que realmente vem a ser cultura de massa, entender como surgiu essa classificação, suas especificações e o que diz a crítica sobre o gênero. Há vários textos, alguns não tão recentes, sobre o tema que tecem reflexões que vão da produção ao consumo de itens culturais, como literatura, cinema, revista em quadrinhos, telenovela, fotonovela, dentre outros. Duas obras que compilam textos de vários teóricos são de grande importância para este trabalho. A primeira, Teoria da cultura de massa, organizada por Luiz Costa Lima, que reúne textos de autores como Walter Benjamin, Walter Adorno, Roland Barthes , servirá como base para a primeira reflexão proposta. Já Literatura em tempos de cultura de massa, livro organizado por Ligia Averbuck, traz textos que relacionam diretamente a literatura com a cultura de massa, como bem sugere o título. Breve