Aprendizagem Cooperativa
É freqüente nas nossas escolas encontrar os estudantes sentados em grupo, mas na realidade, trabalham individualmente para resolverem as tarefas propostas. Não discutem entre si, não partilham ideias nem material, não cooperam. Os alunos sentam-se em célula, mas não trabalham em célula (Carratero, 1998).
A este propósito, Yaniz (2003) refere que existe uma diferença importante entre agrupar os estudantes e estruturar a cooperação entre eles. Cooperar não significa distribuir um trabalho ao grupo para que um membro o realize. Não é pedir tarefas individuais, em que os estudantes que terminam antes ajudam os outros, não é simplesmente uma partilha de recursos.
Segundo, Johnson & Johnson (1999 a) para que a aprendizagem seja cooperativa é necessário que se verifiquem as seguintes características específicas que não atuam isoladamente, mas são interdependentes.
- interdependência positiva;
- responsabilidade individual;
-interação frente a frente permitindo o desenvolvimento de competências sociais;
- desenvolvimento de competências interpessoais e grupais;
- avaliação do processo do trabalho da célula de modo a melhorar o funcionamento do mesmo. A interdependência positiva caracteriza-se por um sentido de dependência mútua que se cria entre os alunos da célula e que pode conseguir-se através da implementação de estratégias específicas de realização, onde se incluem a divisão de tarefas de diferenciação de papéis, atribuição de recompensas, estabelecimento de objetivos comuns para todo a célula e realização de um único produto (Marreiros, 2001) Johnson & Johnson (1999 a), referem ainda que a interdependência positiva cria um compromisso com o sucesso de outras pessoas, para além do seu próprio sucesso, o qual é a base da Aprendizagem Cooperativa. Referem ainda os mesmos autores que, sem interdependência positiva, não há cooperação.
Numa célula de Aprendizagem Cooperativa este componente