Análise, o espelho de machado de assis
Análise do conto “O espelho” de Machado de Assis
Aquele que se vê no espelho é muito mais rico do que a imagem que ele vê. Essa imagem é a maneira como os outros o veem.
O conto tem como espaço físico Santa Tereza, um bairro bucólico de classe média no Rio de Janeiro onde, à época, residiam muitos funcionários públicos. Se passa no final do século XIX.
O texto começa com presença de ironia, que aparece no trecho que diz que os cavalheiros resolviam os mais árduos problemas do universo. Talvez por conta da sabedoria e hierarquia mantinham-se amigáveis. O “quatro ou cinco” deve-se ao fato do quinto cavalheiro estar calado, cochilando, mas é descrito como capitalista, inteligente, provinciano. O fato de não discutir justifica-se por seus princípios, mas ele mostra ser alguém que se coloca acima dos outros. Uma vez que diz que a discussão é “bestial”, compara-se aos Serafins e Querubins, que não se controvertiam eram a perfeição.
O pequeno diálogo mostra uma conversa dentre “cavalheiros”.
O personagem descrito como Casmurro monopoliza a conversa no meio da noite .
“Pensando bem...” já estavam na discussão sobre a alma.
Todos tinham uma opinião diferente.
Pedem a opinião da personagem, ele enfatiza que fará um discurso, de cunho performativo, e impõe que os outros fiquem calados.
Logo no início de sua afirmação sobre a existência de duas almas - e não uma só - reforça a ideia de que não admite réplicas e ameaça deixar o local caso isso aconteça.
A comparação do homem com a laranja é uma metáfora intrigante, já que a fruta, tipicamente brasileira, quando cortada ao meio parece o sol, podendo ser feita aí uma relação de sol – luz – conhecimento. A perda de uma das metades (almas) implica na perda de metade da existência e em alguns casos, a da existência inteira, explica citando o caso do judeu que perdeu seus ducados e sente-se morto devido a isso.
O cavalheiro explica ainda que a alma exterior não é sempre a