Lingua portuguesa
Machado de Assis e Guimarães Rosa
17 de outubro de 2013
Interpretação do texto: “O Espelho” de Machado de Assis
O conto “O espelho”, escrito por Machado de Assis é feita uma analise das pressões sociais de que se é vítima, como também faz critica e, alerta ao leitor para as consequências, inclusive psíquicas, destas pressões sobre o indivíduo. Machado mostra toda sua genialidade misturando filosofia, psicanálise, linguística e literatura, revelando com sensibilidade e riqueza de detalhes a interação entre estes campos do conhecimento na reflexão sobre a natureza humana na formação de sua identidade e os fatores que influenciam este processo para que fique claro. O autor inicia o texto em terceira pessoa, narrando sobre a conversa de um grupo de amigos sobre “questões de alta transcendência”, porém um personagem toma a palavra, ganha destaque tornando-se personagem principal e a partir daí, narra em primeira pessoa seu pensamento sobre a composição da alma humana, justificando desta forma o subtítulo dado ao conto “Esboço de uma Nova Teoria da Alma Humana”, na qual este personagem chamado Jacobina diz que “cada criatura humana traz duas almas consigo: “uma que olha de dentro para fora, outra que olha de fora para dentro...”, e acrescenta que “a alma exterior não é sempre a mesma...”, pois segundo ele esta “muda de natureza e de estado”. Para comprovar sua teoria, Jacobina exige total atenção e nenhuma conjetura, e passa a narrar um fato que aconteceu em sua vida. A partir daí Jacobina conta a transformação da sua autoimagem e da sua autoconsciência com as mudanças promovidas com a ascensão social e os privilégios que o posto de alferes o proporcionou no seio familiar e na comunidade da qual fazia parte. Esta posição de destaque é ainda mais explícita quando Jacobina vai passar uns dias no sítio de sua tia, viúva de capitão, que o venera chamando-o repetidamente de “seu alferes” ao invés de “Joãozinho” como antes era