Análise transacional
Chama-se de carícias (strokes) aos estímulos sociais, uma forma de intercâmbio do organismo com o ambiente. Para Kertész (l987), "são estímulos sociais dirigidos de um ser vivo a outro, o qual por sua vez, reconhece a existência daquele".
Passamos grande parte do nosso tempo buscando ser abraçados, acariciados, elogiados, estimulados e quando isto não é possível atuamos no sentido de sermos agredidos ou consolados, pelo menos. Estas são formas de deter reconhecimento de nossa existência como parte de um todo; seres interdependentes de um meio social. Para sobreviver, portanto, precisamos de carícias.
Quando crianças enfrentamos três condições para receber carícias: * Viva incondicional - recebe reconhecimento, afeto, pelo simples fato de existir. * Viva condicional - recebe atenção enquanto se comporta de acordo com as necessidades dos familiares ou pessoas importantes. * Não viva incondicional - quando se recebe carícias agressivas independente do comportamento ou se é ignorado ou desclassificado. É quando se aprende que não merece ser amado.
Ficamos portanto programados para receber carícias: "Se" cumprirmos estas condições ou "enquanto" cumprimos estas condições somos acariciados. Se estas condições mudam sem estarmos preparados, nossa sobrevivência está ameaçada.
As carícias podem ser classificadas: * Por sua influência no bem estar físico, psicológico e social da pessoa, em adequadas ou inadequadas. Carícias adequadas são carícias sadias que aumentam o bem-estar a longo prazo. Carícias inadequadas ou doentias são carícias que provocam o mal-estar a curto ou longo prazo. Algumas delas parecem agradáveis momentaneamente mas podem acarretar prejuízos a longo prazo. * Pela emoção ou sensação que convidam a sentir: positivas ou negativas. As carícias positivas proporcionam emoções ou sensações agradáveis. As carícias negativas levam a emoções ou sensações desagradáveis. * Pelas exigências ou condições para dar ou