Análise sobre filme tempos modernos e administração clássica
Ao analisarmos o filme “Tempos Modernos” de Charles Chaplin é possível perceber ilustrações bem claras sobre o cotidiano de uma empresa que adota o sistema de administração clássica, agindo assim de forma mecanicista em toda a sua gestão, seja nas tarefas executadas, seja no gerenciamento e até mesmo nas relações estabelecidas entre os trabalhadores.
No decorrer do filme acompanhamos as desventuras de um jovem trabalhador fabril, vivido por Chaplin, em seu emprego. Esse trabalhador bate ponto, sua atividade é absolutamente mecanicista, é supervisionado por uma figura hierárquica e precisa ser submisso às decisões da gerência. A rotina de trabalho é bem repetitiva e exaustiva e podemos ver as implicações dessa atividade nos outros aspectos da sua vida. Em uma das cenas, quando ele tira folga, vemos que ele continua sua ação automática de apertar parafusos, tal um robô, uma máquina. A sátira dessa cena nos leva à reflexão de como um modo de produção mecanicista pode engessar o trabalhador a execução de uma única tarefa especializada, sendo assim, visto pelos seus patrões apenas como mais uma, e desconhecida, peça da grande máquina empresa.
Nota-se a presença da figura do patrão, o presidente da empresa no filme. Este aparece em uma enorme tela e controla, mandando e desmandando, em toda a atividade fabril. Sobre a presença da figura do presidente no filme, podemos ver que no sistema de administração Taylorista essa figura detém todo o poder de decisão sobre o processo de produção e de acordo com suas ordens que as atividades são realizadas. No filme, ao ele aparecer numa tela supervisionando nos faz refletir sobre o caráter de distanciamento que esse presidente tem dos empregados. Ele pouco se preocupa com quem é o funcionário, e como de fato suas ordenanças serão executados pelos trabalhadores, tanto que a medida que a velocidade da atividade aumenta, mais complica-se para a realização desta, sendo esse pouco tempo hábil para execução das tarefas