análise do filme a lingua das mariposas
A partir das teorias de Piaget, Vygotsky e Bronfenbrenner
O filme "A Língua das Mariposas" conta a história de Moncho, um menino de 7 anos, em seu primeiro ano na escola. Na véspera do primeiro dia, crucial na vida de qualquer pessoa, Moncho não consegue dormir, atemorizado por que seu irmão mais velho lhe contou sobre professores que batem em alunos. Tímido e asmático, ele vive debaixo da saia da mãe superprotetora, numa pequena aldeia, no interior da Galícia, ao norte da Espanha, no ano que antecede a Guerra Civil Espanhola (1936-1939).
Na manhã do grande dia, Moncho é apresentado a Don Gregório, o velho professor primário, que o recebe afetuosamente. Mas ao pedir que o novo aluno se apresente para a classe, os outros meninos chamam, em coro, "pardal", o apelido de Moncho. O susto é tão grande que o menino faz "xixi", de pé, diante do professor e de toda turma, e foge da escola, indo se esconder na floresta, onde fica até a noite chegar.
O filme, então, mostra a sensibilidade do velho mestre que vai à casa de Moncho pedir desculpas por tê-lo humilhado, mesmo que sem intenção, e, em conversa com a mãe do menino, descobre que ele tinha medo que o professor lhe batesse. Com isso, Don Gregório ganha a confiança de Moncho, que passa a ter com o mestre uma relação de admiração e amizade, por intermédio da qual se abrem as portas do conhecimento.
A escola, assim, se torna para Moncho uma fonte de prazer, pela descoberta de um mundo desconhecido, fora de seu ambiente familiar. Na companhia do amigo Roque, espia um casal de namorados e aprende sobre os mistérios do amor e do sexo. E, quando a primavera chega, Don Gregório leva os alunos para fora da sala de aula, ensinando-os a admirar a natureza e a explorar seus segredos. É também pelas mãos do mestre que Moncho descobre a magia da literatura, ao receber de presente o romance de aventura "A Ilha do Tesouro", de Robert Louis Stevenson. A amizade e a companhia permanente