Análise de propaganda Cultura Inglesa
Inicialmente, é necessário que ressaltemos aspectos referentes aos nomes utilizados no texto (Uóshito, Maico etc.). Tais termos remetem-nos ao universo linguístico, que faz da Língua Portuguesa uma fonte inesgotável de estudo. Sabemos, com base no cotidiano e nas relações interpessoais, que, quanto menor o nível de instrução do falante, maior o seu apego à Fonética. Em outras palavras, há, entre a grande massa, a tendência em transcrever fielmente aquilo que se ouve.
Eni P. Orlandi cita M. Pêcheux (1975), ao dizer que não há discurso sem sujeito e não há sujeito sem ideologia: o indivíduo é interpelado em sujeito pela ideologia e é assim que a língua faz sentido (p. 17). Isto posto, percebemos que se faz presente no texto a ideologia da classe dominante. O emissor age de maneira a despertar no receptor a vontade de executar uma determinada ação, oferecendo-lhe uma vantagem. Para isso, faz uso do bom humor, já que os beneficiários (pessoas com os nomes citados ou similares) podem haver passado por situações burlescas durante toda a vida. Essa postura intimista e acolhedora por parte do emissor vem a disfarçar seu autoritarismo. Em prol de sua ideologia, o emissor deixa de levar em consideração as diferentes origens de seus receptores e afirma que estes estão fora do perfil tido por ele como padrão. A fim de fortalecer sua ideologia e não deixar dúvidas de que sua proposta tem firmes alicerces, o emissor inquere o receptor acerca de algo que deveria ser natural para este. Refiro-me ao fato dos nomes citados (Wellington, Grace etc.) serem, originalmente, de pessoas cuja língua-mãe é o Inglês. Portanto, o emissor considera inadmissível que uma