Análise de: Precisamos Falar Sobre Kevin
Por Eduardo J. S. Honorato, Denise Deschamps, Cassio Peres Fernandes e Tirza Almeida
Aqui em nosso texto nós vamos falar MUITO sobre Kevin!
Aviso ao espectador (irá tocar a dor): o filme é difícil, o clima dele é o de envolver-nos em angústia, uma abordagem sem tempo linear, dando um simbolismo quase que do "estranho" de Freud. Prepare-se. é lancinante.
Filme baseado em um livro, onde a autora, Lionel Shriver, pela via da ficção, busca entender um ambiente familiar onde supostamente um sociopata se formaria e no rastro de um tipo de tragédia que já teve episódios nos Estados Unidos e em outros paises, inclusive recentemente aqui no Brasil, o caso Realengo. Nosso artigo contem informações tanto do filme quanto do livro, o qual indicamos a leitura paralela para maior compreensão das personagens, especialmente as narrativas de Eva e suas cartas para o marido.
Kevin, um rapaz de 15 anos, interpretado por Ezra Miller, pouco antes de seu aniversário, irá preparar-se como se fosse um dia como qualquer outro, e seguirá para matar colegas na escola, antes deixando o rastro de sangue em sua própria casa, assassinando sua irmã caçula e seu pai (John C. Reilly). Eva é mãe de Kevin , veremos a atriz Tilda Swinton representando de maneira bastante comovente e convincente em pequenos traços que compõem sua densa personagem.
Nossa personagem Eva fez uma escolha não baseada em suas pulsões maternas, mas em ter DESAFIOS. Seu CASTIGO foi ter Kevin. Ela havia escolhido o amor e sexo, não a maternidade. Kevin foi sua mordida na maçã.
O filme é atemporal, assim como o nosso Inconsciente. Eva se remete às suas memórias e suas “bruxas”, soltas durante toda a narrativa. Ela parece ter-se isolado em algo que nos faz lembrar estudos recentes sobre “normopatia”, suas emoções parecem estar sempre em estado de suspensão e marcam uma fisionomia quase todo tempo em ares de ausência.
Suas constantes