Análise psicanalítica de precisamos falar sobre kevin
FALS – 301.3 - Noite | Precisamos Falar Sobre Kevin | Aplicando Teorias Psicanalíticas | | | |
Juazeiro do Norte - CE2013 |
Precisamos falar sobre Kevin Um drama que retrata a relação conturbada de uma mãe com um filho que ela nunca desejou ter e que por conta disso, não sabia como amá-lo. Este, como consequência, sofre e responde amargamente essa rejeição. Eva não desejava ser mãe, mas sua barriga crescia a cada mês, e por conta disso, abdicou de sua carreira e sonhos. Essa sensação de perca não permitiu que Eva criasse um vínculo de amor com seu filho, Kevin. A relação da mãe com o filho é extremamente importante para a constituição da criança como sujeito e da sua relação com o mundo. Kevin tem uma mãe que não se identifica com essa condição e que por conta disso, a situação é devastadora para ambos. Segundo Lacan, a criança não nasce sujeito, é simplesmente um ser regido por pulsões que precisam ser atendidas. Esse período é chamado por Freud de autoerotismo. A partir daí, ocorre um novo momento psíquico, onde o bebê inicia a constituição do seu eu corporal como unidade. Lacan o chama de Estádio do Espelho, constituído por três etapas. Na primeira, o bebê percebe o mundo apenas como uma extensão de si. Na segunda, a criança percebe a imagem do outro (mãe), mas de forma irrealizada. Na terceira fase, o bebê se percebe enfim, e ocorre à identificação à sua própria imagem, uma identificação à mãe como imagem. A mãe funciona como um espelho para a criança, refletindo o que esta virá a ser. É uma relação extremamente próxima e necessária, que determinará toda dependência moral e afetiva da criança. O eu é, assim, formado como um conjunto de traços de identificação com o outro. Kevin quando nasceu, chorava muito e Eva não sabia como lidar com isso, e desesperava-se, achava que ele o fazia na tentativa de afetá-la. O que me faz lembrar que é muito importante que a mãe se identifique e signifique as