sim precsamos falra sobre o kevin
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SIM, É PRECISO FALAR SOBRE KEVIN: diálogo entre Psicanálise e cinema.Aline Seidl (Acadêmica de Psicologia, UNICENTRO)
Gislaine de Fátima de Oliveira (Acadêmica de Psicologia, UNICENTRO)
Thais Bronislawski (Acadêmica de Psicologia, UNICENTRO)
Rosanna Rita Silva (Professora do Departamento de Psicologia, UNICENTRO)
RESUMO
Este trabalho tem por objetivo realizar uma leitura psicanalítica do filme “Precisamos falar sobre Kevin” para compreender aspectos da constituição do sujeito presente no personagem do filme. O sujeito, analisado pelo viés da psicanálise não é um ser que nasce pronto, mas que se constitui, pois é a partir das relações primordiais com seus cuidadores é que irá se formar.
A partir da análise do filme em diálogo com a psicanálise, pensamos em possíveis intervenções que podem ser realizadas ainda no processo da formação de vínculo com os pais/cudiadores e a criança a partir da clínica com bebês, para evitar que as falhas nas funções materna e paterna se desdobrem em sintomas e desfechos como o do personagem Kevin.
PALAVRAS-CHAVE: psicanálise; cinema; constituição do sujeito; amor materno; clínica com bebês.
INTRODUÇÃO
O sujeito não está estabelecido desde o início, se constitui.
Levando em consideração que o ser humano é um ser extremamente dependente ao nascer, necessita que exista um outro, ou seja uma pessoa que cuide dele, do qual depende totalmente para sobreviver. Com isso, o bebê humano é, antes de tudo, um ser de relação, um ser para quem a relação que estabelece com esse outro humano que lhe segura, revela ser fundamental para seu futuro desenvolvimento.
Ao nascer, o bebê está imerso em uma rede de linguagem que o precede e que se atualiza nos pais e familiares próximos, os quais falam a esta criança e pressupõe-na como um futuro falante. Além disso, sabe-se que antes do nascimento a criança já é falada pelos pais, pois possui um nome e uma história que será anterior ao seu nascimento (Teperman, 2005).
A função materna implica algumas