ANTUNES, Irandé. “Língua, Texto e Ensino - Outra Escola Possível". Parábola Editorial, 2009.

ANTUNES, Irandé. “Língua, Texto e Ensino - Outra Escola Possível". Parábola Editorial, 2009.

Irandé Antunes em seu livro “Língua, texto e ensino” – Outra escola possível, vem mostrar sua preocupação sobre o ensino de língua portuguesa e sua aplicação em sala de aula, o livro abrange textos já publicados em outras fontes, e ao decorrer de cada capítulo, a autora utiliza de exemplos para facilitar na compreensão dos temas abordados. Ao longo dos quatorze capítulos, que compõem a obra, focaremos apenas no sexto, intitulado : “ Os vazios naturais do texto e sua coerência”
Logo no início do capítulo seis, temos um texto anteriormente publicado na revista Portal de São Francisco no ano de 2003, essa pequena introdução vem abordar sobre a interação verbal, em que cabe aos interlocutores á tomada de decisão, quanto ao que explicitar e ao que deixar implícito, sendo que estas decisões devem estar apoiadas no conjunto de informações que supomos partilhar com nossos parceiros de interação, levando em consideração tudo aquilo que está ligado ao nosso cotidiano, às informações obtidas e transmitidas diariamente. Ao fim da introdução a autora discute que “... escrever gramaticalmente correto não representa a condição suficiente de um texto bem escrito” (p.105) Ao decorrer do texto há uma separação em tópicos para o melhor entendimento do assunto abordado na introdução.
O primeiro tópico diz respeito à explicitude do discurso. A autora relata que o discurso das línguas naturais não se dão totalmente de forma clara, ou seja, em todo discurso haverá algo a ser esclarecido, e que são chamados de proposições implícitas, uma vez que são necessárias para o estabelecimento da coerência ou do entendimento. “Quem ouve e lê, também, sabe que tudo o que é dito não está manifestado nas sinalizações superficiais e, igualmente, vai administrando esses vazios, de forma a calcular o sentido e as intenções pretendidas pelo seu interlocutor” (p.106). Irandé ainda defende que não podemos