Antropologia - rádio favela
A cidade de Belo Horizonte faz parte desse mesmo quadro, tendo cerca de 25% da sua população residente em favelas ou conjuntos habitacionais de baixa renda. Foi levando em consideração a exclusão social que surgiu no Aglomerado da Serra (conjunto de favelas em Belo Horizonte) a rádio comunitária “Favela FM”.
Iniciando seus trabalhos em 1981, a rádio favela FM foi fechada inúmeras vezes e só no ano de 2000 é que conseguiu o seu registro como rádio educativa. Seu grande objetivo é relatar o dia-a-dia de seus moradores, expondo seus problemas, divulgando suas músicas e cultura negra, a rádio tem a intenção de conscientizar a população, principalmente sobre violência e drogas, promovendo um trabalho educativo.
Usando uma linguagem própria, denominada “favelês”, conseguem transmitir suas mensagens com muita naturalidade, evidenciando as diferenças entre as classes sociais referidas como “favela” e “asfalto”.
No filme, Uma onda no ar, a tendência é enfatizar justamente essa divergência existente entre esses dois universos, a “favela” que é isolada de políticas públicas e o “asfalto” que é o lugar privilegiado. Já o texto de Regina Helena e Vera Regina, aprofunda um pouco mais no assunto quando trata do processo de globalização.
As autoras definem a globalização como regionalizada, não atingindo igualmente toda a população, sendo própria em cada região. Em oposição à globalização, tem-se a exclusão e a pobreza, essa última sendo subdividida em três formas que são a pobreza incluída, a marginalidade e a pobreza estrutural.
O Estado encontra-se em um grande desafio no que diz respeito à divisão e ocupação de seus espaços físicos que são desigualmente distribuídos, a construção de