Antiinflamatórios

Aspectos Históricos
Antiinflamatórios não esteroidais (AINEs), analgésicos e antitérmicos correspondem a heterogêneo grupo de drogas, geralmente compostas por ácidos orgânicos, cujo protótipo é o ácido acetilsalicílico (AAS), sintetizado há 100 anos. Apesar da heterogeneidade química, este grupo de fármacos tem atividades terapêuticas e efeitos colaterais comuns. Dentre estes efeitos se destaca a quebra da barreira mucosa, que desguarnece a mucosa digestiva de suas defesas, tornando-a vulnerável aos fatores agressivos endógenos ou exógenos.
O ácido acetilsalicílico é provavelmente a droga mais associada com plantas, embora ele seja uma substância sintética. Sua síntese, no entanto, foi totalmente feita com base na estrutura química de uma substância natural do salgueiro branco, a Salix alba.
Em 1763, na Inglaterra, foi extraído o ácido salicílico, a partir da planta conhecida por salgueiro (Salix alba vulgaris), pelo reverendo Edmund Stone. Referências quanto às propriedades analgésicas do salgueiro datam da época de Hipócrates, bem como a intolerância gástrica ao composto também há muito é conhecida. A história deste ácido, muito bem documentada, teve início no século V a.C. com Hipócrates que prescrevia preparações que incluíam cascas e folhas do salgueiro para o tratamento de febres e para aliviar as dores do parto.
Em 1827, foi descoberto o princípio ativo por Leroux, a salicilina. Posteriormente, vários salicilatos foram sintetizados a partir da salicilina: salicilato de sódio, salicilato de fenila, entre outros. Os efeitos colaterais do ácido salicílico e seus derivados levaram um químico alemão, Felix Hoffman, a sintetizar o ácido acetilsalicílico.
Em 1854 um químico francês chamado Charles Frédéric Gerhardt conseguiu sintetizar o acetil. Mas seu trabalho não foi levado a sério porque o produto resultante não era quimicamente puro e estável.
As lauras da descoberta do “grande alívio” ficariam com Felix Hoffmann, farmacologista empregado de uma