Anticorpo monoclonal
Novos conceitos da imunologia foram surgindo no inicio do século XX por volta de 1890, quando Paul Ehrlich propôs um modelo no qual um fármaco é ligado a um transportador específico exibindo sua atividade farmacológica apenas no tecido alvo (época onde já havia conhecimento sobre as interações entre o antígeno e o anticorpo). Isso permitiu uma maior eficiência dos fármacos utilizados, inclusive uma diminuição da dose administrada.
No nosso organismo, os anticorpos produzidos derivam de diferentes linhagens de linfócitos B e correspondem a moléculas secretadas contra um antígeno específico, cada uma reconhecendo uma região diferente do antígeno, e assim são denominados anticorpos policlonais.1
Em 1975, Georges J. F. Köhler e César Milstein descreveram os primeiros anticorpos monoclonais com a descoberta da técnica de hibridização celular somática, tendo como resultado os híbridos de células formadoras de anticorpo e linhagens celulares de replicação contínua. Os híbridos são capazes de crescer indefinidamente e começam a se multiplicar, com formação rápida de colônias. As células do híbrido são clonadas e os sobrenadantes são testados quanto à produção de anticorpos. São realizados extensos testes para garantir a especificidade dos anticorpos. Podem ser produzidas grandes quantidades de anticorpo in vitro (em meios de cultura) e in vivo. 2
O anticorpo humanizado apresenta somente as regiões hipervariáveis do anticorpo de camundongo, e o restante de moléculas de anticorpo humano. Isso permite a construção de anticorpos monoclonais sob medida para o sítio de ligação mas com possíveis variações no tamanho, configuração, valência e funções de ação.2
Os anticorpos monoclonais, como terapia alvo, têm alta especificidade com poucos efeitos colaterais e é o foco de muitas pesquisas nas doenças que