Anticorpos monoclonais

Resumo – Seminário de Imunologia

1. Anticorpos Monoclonais

São anticorpos monoespecíficos (têm especificidade para um único antígeno) gerados a partir de um único clone. A partir da técnica descoberta por Köhler e Milstein, eles podem ser produzidos por uma célula, um hibridoma. Podemos fabricar um hibridoma fundindo uma célula B (plasmócito) normal com uma célula de mieloma mutante. A célula fundida resultante secreta anticorpos com especificidade derivada da célula B normal, chamados anticorpos monoclonais. Os anticorpos monoclonais vêm, ultimamente, sendo estudados quanto às suas propriedades terapêuticas no tratamento de cânceres, como linfomas, câncer de mama, câncer de colo retal e doenças autoimunes, como artrite reumatóide, doença de Crohn e colite ulcerativa.

Para produzir o anticorpo monoclonal específico para um determinado antígeno, um camundongo (ou rato) é imunizado com este antígeno. Linfócitos B isolados do baço do animal são fundidos com células de mieloma através da adição de um agente fusogênico, o polietilenoglicol. Após a fusão, deve-se selecionar somente os hibridomas. Isso é feito utilizando-se um meio seletivo, o meio HAT. Ele contém uma droga chamada aminopterina, que inibirá a via de novo de síntese de nucleotídeos. Os hibridomas possuem enzimas (provenientes do linfócito B), que permitem que seja utilizada uma outra via, a de recuperação para a síntese destes nucleotídeos, o que permite sua sobrevivência. Já o mieloma não possui essas enzimas e, portanto, não consegue utilizar a via de recuperação, morrendo. Os linfócitos B que não fundiram, apesar de terem as enzimas, não sobrevivem por mais do que 5 dias. (vide esquema do livro: SHARON, Jacqueline. Imunologia Básica - pág. 238)

Após serem selecionados, esses hibridomas são cultivados em condições adequadas e isolados um a um. Isto pode ser conseguido através de uma diluição seriada, com a qual se poderá chegar a uma determinada concentração em que haverá apenas